A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica endógena, que se caracteriza pela perda do contato com a realidade. A pessoa pode ficar fechada em si mesma, com o olhar perdido, indiferente a tudo o que se passa ao redor ou, os exemplos mais clássicos, ter alucinações e delírios. Ela ouve vozes que ninguém mais escuta e imagina estar sendo vítima de um complô diabólico tramado com o firme propósito de destruí-la. Não há argumento nem bom senso que a convença do contrário.
Antigamente, esses indivíduos eram colocados em sanatórios para loucos, porque pouco se sabia a respeito da doença. No entanto, nas últimas décadas, houve grande avanço no estudo e tratamento da esquizofrenia que, quanto mais precocemente for tratada, menos danos trará aos doentes.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde, de 0,6% a 3% da população sofrem com esse problema. No mundo, o número de esquizofrênicos passa dos 26 milhões.
Por conta disso, a esquizofrenia é a terceira causa de perda da qualidade de vida entre os 13 a 44 anos, considerando-se todas as enfermidades. E essa doença ainda gera muito preconceito por parte da sociedade, reflexo do pouco conhecimento sobre o tema.
Os antipsicóticos, também conhecidos como neurolépticos, são os medicamentos utilizados no tratamento da esquizofrenia. Eles atuam sobre um neurotransmissor (substância química responsável pela transmissão dos estímulos entre os neurônios) chamado dopamina, cujo excesso provoca os sintomas positivos e desorganizados da esquizofrenia. Bloqueando canais receptores de dopamina nos neurônios, eles evitam que o excesso da substância atinja as células nervosas, reequilibrando o sistema de neurotransmissão. Esse efeito é essencial para a duração do efeito antipsicótico por longo prazo.
A doença se manifesta no fim da adolescência e começo da vida adulta, normalmente. A pessoa passa a ter reações desajustadas com a realidade, e aos poucos, abandona suas atividades do dia a dia e não consegue demonstrar se está feliz ou triste.
Também fica inquieta, por conta da ideia de perseguição, que é um dos principais sintomas dessa doença. Especialistas indicam que quem sofre dessa doença tem uma falha na produção ou ação de um neurotransmissor denominado dopamina, que é responsável por modular comportamentos e emoções.
Uma abordagem mais nova de reabilitação é a que utiliza jogos e tarefas que estimulam funções cognitivas, como memória, atenção, capacidade executiva e de planejamento (reabilitação cognitiva).
Ela visa aperfeiçoar funções acometidas pela esquizofrenia e melhorar o desempenho cognitivo global dos pacientes. Pode-se utilizar técnicas cognitivo-comportamentais para treinar situações cotidianas, como, por exemplo, ir ao supermercado fazer compras. Ajuda o paciente a avaliar e monitorar seu próprio comportamento e desempenho em tarefas do dia-a-dia.
Tipos de esquizofrenia
- Simples: se desenvolve de maneira lenta, progressiva e tem um diagnóstico difícil, por conta dos sintomas não serem tão evidentes. A mudança de personalidade é uma característica típica da esquizofrenia simples, mas também nota-se que as pessoas com essa doença têm dificuldade em ter relações afetivas e para se expressar.
- Desorganizada ou hebefrênica: caracteriza-se pela presença de falas e pensamentos sem sentido, e ocorre uma mudança brusca de comportamento, onde a pessoa passa a ter ações infantis.
- Paranóide: é a variação mais comum da esquizofrenia, onde delírios e alucinações auditivas se fazem presentes e a pessoa fica com a ideia que está sendo perseguida e fica mais isolada.
- Catatônica: é a mais rara, onde a pessoa demonstra agitação extrema ou permanece quieta, ficando até por muitas horas na mesma posição, expressando intensa empatia.
- Residual: ocorre quando a pessoa tem alterações comportamentais, emocionais e no convívio social, que persistem mesmo após que a pessoa passe por tratamento.
- Indiferenciada: a pessoa não apresenta características específicas, mas demonstra variados sintomas de transtorno.
Causas da doença
A esquizofrenia é uma doença que tem sido bastante estudada por especialistas, mas a sua causa ainda não é totalmente conhecida.
Acredita-se que a pessoa mais vulnerável tem mais chances de desenvolver a doença, devido a presença de estresse ambiental e a falha de mecanismos para lidar com eles.
Outros fatores de risco são:
- Histórico na família (parentes de primeiro grau)
- Dificuldade para passar por problemas
- Ansiedade
- Abuso de drogas lícitas e ilícitas
- Depressão
- Desnutrição
- Exposição à vírus que afetam o desenvolvimento cerebral e toxinas
- Doenças autoimunes
Não há um exame específico para detectar a esquizofrenia, mas geralmente os médicos fazem uma análise física, e uma análise psiquiátrica.
O profissional avalia o estado mental, físico e comportamental do paciente, e questiona sobre os delírios, alucinações e alterações de humor. Também fala com familiares sobre o histórico pessoal e o dia a dia do paciente.
É importante que o diagnóstico seja o mais precoce possível, feito por um psiquiatra devidamente habilitado.
O transtorno deve ser controlado com medicamentos e o uso deve ser somente feito com prescrição médica/psiquiátrica, com o intuito de prevenir melhor as crises e diminuir os sintomas.
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