Entenda por que as festas de fim de ano aumentam o risco de recaídas em drogas e conheça estratégias eficazes para preservar o equilíbrio emocional.
O uso de drogas costuma ganhar novos gatilhos nas festividades de fim de ano, especialmente para dependentes químicos, pessoas que lutam contra o alcoolismo e famílias que convivem com essas realidades.
As celebrações de Natal e Ano Novo frequentemente envolvem reuniões sociais, confraternizações e o aumento da pressão emocional, contextos nos quais o consumo de substâncias lícitas e ilícitas é socialmente mais aceito ou até incentivado.
Neste artigo, vamos abordar estratégias práticas e eficazes para que tanto o indivíduo em recuperação quanto seus familiares possam navegar por esse período com mais segurança e tranquilidade.
Continue lendo e confira.
Compreendendo a vulnerabilidade da época festiva
As festas de fim de ano costumam intensificar emoções, expectativas e lembranças que tornam muitas pessoas mais vulneráveis, especialmente aquelas que estão em processo de recuperação.
Nessas ocasiões, o álcool aparece com frequência e, ao ser consumido mesmo em pequenas quantidades, pode reduzir a percepção de risco e reativar antigos padrões de busca por sensações imediatas.
Essa combinação faz com que o indivíduo volte a considerar o uso de outras drogas, abrindo espaço para impulsos que colocam em risco todo o avanço conquistado até então.
Os principais vícios que podem desencadear nas festas de fim de ano
Compreender quais vícios apresentam maior risco e de que maneira eles afetam a estabilidade emocional e comportamental é fundamental para prevenir recaídas e manter o equilíbrio.
Diante desse contexto, os principais vícios que representam um risco elevado de recaída ou descontrole neste período são:
1. Álcool (Alcoolismo)
O álcool é, de longe, o gatilho mais comum e severo durante as festas de fim de ano.
- Disponibilidade onipresente: presente em praticamente todas as confraternizações, ele é socialmente incentivado e raramente questionado.
- Pressão social: fazer um brinde ou participar da comemoração pode gerar grande desconforto para o indivíduo em recuperação, tornando difícil recusar.
- Associação emocional: muitas pessoas utilizam o álcool como forma de aliviar estresse, tensões familiares ou sentimentos de solidão que ressurgem nessa época.
2. Drogas Ilícitas (Dependência Química)
A dependência de drogas como cocaína, maconha ou o uso indevido de medicamentos controlados também apresenta risco aumentado.
- Contexto de relaxamento: o clima de férias pode levar ao relaxamento das próprias regras e à falsa justificativa do uso recreativo.
- Reencontros sociais: encontrar antigos contatos que ainda consomem pode reativar comportamentos passados e estimular a recaída.
- Maior disponibilidade financeira: o recebimento do 13º salário, em alguns casos, financia o acesso às substâncias.
3. Vício em jogos de azar (Ludopatia)
O jogo tende a ganhar força nesse período, mesmo em ambientes familiares.
- Jogos casuais: atividades aparentemente inofensivas, como cartas e bingos, podem reativar padrões de comportamento compulsivo.
- Apostas online: plataformas digitais de jogos e apostas se tornam ainda mais tentadoras devido ao tempo livre e à ilusão de ganho rápido.
Portanto, para além da identificação dos riscos, é essencial compreender como cada pessoa é afetada por esses estímulos e quais emoções se intensificam nesta época.
Estratégias práticas para manter a recuperação durante as festas
Manter a recuperação e a sobriedade durante as festas de fim de ano exige proatividade e um plano de ação bem definido.
As estratégias abaixo são práticas e podem ser implementadas pelo indivíduo em recuperação e por sua família para aumentar a segurança nesse período. Acompanhe!
1. Gerenciar a presença em eventos sociais
Não é preciso isolar-se totalmente, mas é essencial escolher onde e como participar. Priorize eventos onde a presença dessas drogas seja mínima ou onde você saiba que haverá pessoas que apoiam ativamente sua sobriedade.
Limite o tempo de permanência no evento, comparecendo por um período curto (como uma ou duas horas) para participar sem se expor excessivamente.
Se possível, leve um aliado de sobriedade, um amigo ou familiar que possa ajudar a desviar de situações de risco e pressões sociais.
2. Comunicação clara e estabelecimento de limites
A clareza sobre sua recuperação elimina a necessidade de justificativas complexas na hora da pressão.
Prepare respostas curtas e firmes para recusar álcool ou substâncias sem ter que dar explicações longas, como: "Não, obrigado(a), estou abstêmio".
Se for apropriado, avise o anfitrião com antecedência que você não consome álcool e peça que bebidas não alcoólicas estejam disponíveis.
Se alguém insistir ou questionar sua escolha, evite entrar em debates. Mude de assunto ou, se necessário, use o plano de saída rápida.
3. Estratégias de substituição e foco no não-consumo
Substitua o ato de consumir por um comportamento seguro e agradável. Mantenha sempre um copo na mão com uma bebida não alcoólica (água com gás, sucos, mocktails) para evitar que ofereçam algo e para se sentir parte do brinde.
Mantenha as mãos ocupadas com atividades como ajudar na cozinha ou entreter convidados. Focar em servir ao próximo pode tirar o foco do próprio desconforto e da tentação.
4. Manter a rotina de recuperação
As festas não são férias da recuperação. Não cancele reuniões de apoio nas clínicas de recuperação – muitos grupos oferecem reuniões especiais de Natal e Ano Novo.
Mantenha sua prática diária de meditação, escrita ou leitura de materiais de recuperação para ancorar-se emocionalmente.
Garanta que está bem descansado, pois o cansaço físico e emocional é um poderoso precursor de recaídas.
Quando buscar ajuda profissional e reforçar o tratamento neste período do ano?
Buscar ajuda profissional durante as festas de fim de ano se torna essencial quando a pessoa percebe aumento da ansiedade, dificuldade de lidar com emoções intensificadas ou vontade crescente de retomar velhos padrões de consumo.
Situações como evitar eventos sociais por medo de perder o controle, sentir dificuldade em recusar bebidas ou vivenciar pensamentos insistentes sobre drogas indicam a necessidade de reforçar o tratamento.
Nessa época, o suporte terapêutico ajuda a reorganizar a rotina emocional, fortalecer limites e orientar estratégias práticas para atravessar as celebrações com segurança.
Fortalecer o vínculo com profissionais, revisar o plano terapêutico e contar com uma rede preparada faz toda a diferença para manter o foco na recuperação.
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