
Por trás da aparência inofensiva de um medicamento usado em hospitais, esconde-se uma substância que tem levantado preocupações no campo da saúde mental: a quetamina. Com usos legítimos e promissores, principalmente no tratamento de depressão resistente, esse anestésico tem ganhado popularidade fora do ambiente clínico — e, com isso, o risco do vício e da dependência passou a ser uma realidade mais próxima do que se imagina.
Entender como a quetamina funciona, como ela pode se tornar viciante e, principalmente, quais caminhos existem para quem deseja sair desse ciclo, é essencial para trazer luz a um problema que ainda é pouco discutido.
A História e os Usos da Quetamina
A quetamina surgiu na década de 1960, desenvolvida originalmente como um anestésico de ação rápida. Por suas características únicas — como a capacidade de manter as funções vitais preservadas durante procedimentos médicos — ela passou a ser usada em larga escala, tanto em humanos quanto em animais. No Brasil, ainda hoje é comum encontrá-la em clínicas veterinárias e hospitais.
A partir dos anos 2000, pesquisas apontaram um novo potencial da substância: o combate à depressão grave, especialmente em casos que não respondiam aos antidepressivos tradicionais. Administrada em doses controladas e ambientes monitorados, a quetamina mostrou resultados rápidos na melhora de sintomas como tristeza intensa, falta de esperança e ideação suicida.
Por esse motivo, clínicas de saúde mental passaram a adotá-la em protocolos controlados. No entanto, ao mesmo tempo em que a quetamina se firmava como promessa terapêutica, surgia também um uso recreativo, principalmente em festas e raves, onde é conhecida como "Special K". Nesse contexto, a substância passou a ser consumida de forma abusiva, e os riscos de dependência ficaram mais evidentes.
Como a Quetamina Atua no Cérebro e Pode Levar ao Vício
O que torna a quetamina tão eficaz — e, ao mesmo tempo, perigosa — é sua forma de atuação no sistema nervoso. Ela age bloqueando receptores de glutamato, um neurotransmissor envolvido na excitação cerebral. Isso provoca um efeito dissociativo, onde o usuário experimenta uma espécie de desligamento da realidade, sensação de flutuar, alterações na percepção do tempo e do espaço, e até alucinações.
Essa experiência, para muitos, pode ser inicialmente atraente. O problema é que o cérebro, ao se acostumar com a estimulação intensa provocada pela substância, começa a desenvolver tolerância: é preciso usar doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito. Esse é o ponto em que o uso recreativo passa a se tornar perigoso, e o caminho para a dependência química se abre.
A dependência em quetamina não é apenas física. Há um forte componente psicológico envolvido. Muitas pessoas passam a usar a substância para fugir de dores emocionais, traumas ou situações difíceis do cotidiano. A quetamina, nesse cenário, vira uma fuga — mas como toda fuga artificial, cobra um preço alto.
O uso contínuo pode comprometer funções cognitivas, como memória, atenção e raciocínio lógico. Além disso, há relatos de efeitos colaterais graves, como lesões na bexiga, disfunções renais e alterações cardiovasculares. Em casos mais avançados, o usuário perde o controle do consumo e precisa da substância para manter uma aparência de normalidade.
Sinais e Sintomas de Dependência em Quetamina
Identificar o vício em quetamina pode não ser simples. Como é uma droga menos conhecida pelo grande público, seus sinais nem sempre são reconhecidos de imediato. No entanto, alguns comportamentos e sintomas devem servir de alerta.
O primeiro sinal é a frequência de uso. Se a pessoa começa a usar a quetamina com regularidade, especialmente fora do ambiente médico, e sente necessidade de aumentar a dose, isso já indica um possível quadro de tolerância. O isolamento social também é comum: o usuário passa a se afastar de amigos, família e atividades que antes faziam parte da rotina.
Mudanças bruscas de humor, dificuldades para se concentrar, lapsos de memória e queda no rendimento profissional ou acadêmico também são sintomas recorrentes. Em alguns casos, há episódios de paranoia, confusão mental e comportamento agressivo.
Outro sinal importante é o comprometimento da saúde física. O uso contínuo da quetamina pode causar dores abdominais, problemas urinários, fadiga extrema e até episódios de inconsciência. Quando esses sintomas aparecem, o vício já está num estágio mais avançado e exige acompanhamento médico imediato.
Tratamentos e Estratégias na Clínica de Recuperação
Felizmente, o vício em quetamina tem tratamento — e quanto mais cedo for identificado, maiores são as chances de recuperação. O primeiro passo é reconhecer que há um problema e buscar ajuda profissional especializada. Em clínicas de recuperação, como as indicadas pela Revive, o paciente é acolhido de forma humanizada e passa por uma avaliação completa para traçar o plano terapêutico mais adequado.
O processo de desintoxicação é o início do tratamento. Durante essa fase, o corpo é assistido para eliminar os resíduos da substância, enquanto os sintomas de abstinência são controlados com suporte médico. Acompanhamento psicológico é essencial desde o primeiro dia, pois o tratamento emocional é tão importante quanto o físico.
Ao longo do processo, são aplicadas terapias individuais e em grupo, com foco em fortalecer a autoestima, desenvolver estratégias de enfrentamento e reconstruir vínculos afetivos. Algumas clínicas também utilizam recursos complementares, como terapias ocupacionais, atividades esportivas e acompanhamento familiar.
Mais do que retirar a substância do corpo, o tratamento para dependência em quetamina busca resgatar a autonomia, restaurar a saúde mental e oferecer ferramentas para que a pessoa possa retomar sua vida com equilíbrio e segurança.
Saia do ciclo da dependência com o apoio certo
Se você ou alguém próximo está enfrentando dificuldades com o uso da quetamina, saiba que há caminhos para recomeçar. Reconhecer o problema é o primeiro passo, e buscar ajuda especializada pode mudar completamente o rumo da história.
Na clínica de recuperação que oferece tratamento para vício em quetamina, cada paciente é tratado com respeito, empatia e um plano de cuidado individualizado. Com estrutura completa, equipe multidisciplinar e foco na recuperação integral, a clínica oferece um ambiente seguro para que o processo de reabilitação aconteça de forma digna e efetiva.
Fale com a equipe da Revive agora mesmo e saiba como iniciar o tratamento. A decisão de mudar começa com um passo — e esse passo pode ser dado hoje.
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